Noite soturna,
Negra, cálida, ofegante.
Chama-me a atenção.
Madrugada que embala o sono que não cala,
Solidão.
Seu luar é meu delírio, serena cúmplice amante.
Fico na penumbra da noite a observar,
Rouba-me a juventude sem que eu dela possa me desfrutar.
Sou aquele que te venera, te espera a cada dia ardente, após o por do sol,
Caliente.
Noite minha lua tua.
Seu estado não se sente, pelo clima inebriante.
Fielmente sou o seu amante
Confidente minha és, compartilho os mais livres pensamento na madrugada.
Hoje estou só,
Vagando pelo nada.
Vazio, poço profundo de idéias,
Para, acalma, pois o tempo não para, e nem quer parar.
Espero que encontre alguém, não sei ao menos quem, porém,
Que possa amar.
Escrito a um tempo atrás quando existia uma grande melancolia dentro peito.
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