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8 de março de 2011

Viagem a Darjeeling

Sou o super lançamento
que dentro de vinte e quatro horas   
e o passar do tempo vira lançamento e
mais adiante vou para os catálogos.
Assim sendo classificado
como um filme de locadora recém chegado.
Sou impar, não sou par.
Sou o único volume por aqui.
Não sou o rei das bilheterias,
muito menos das locações, confesso.
Pouco são os que me entende
pois sou para os raros
como define Hermann Hesse.
Sou romântico e engraçado
tenho drama, sou trágico,
épico e talvez poético,
sou agressivo e brutal,
sou ambiguo,
causo suspense e o terror mortal.
A ação e a aventura que corre em suas veias
porem sou para poucos
para os raros.
Poucos me compreendem como
Amelie em seu fabuloso destino, de quem sou tão próximo.
Permaneço entre a poeira das prateleiras,
onde os cegos não me vêem,
os surdos não me ouvem,
e os mudos não abrem a boca para falar nada,
nem uma sílaba,
nem uma crítica ou coisa igual.
Meu nome?
Meu nome é Viagem a Darjeeling,
e nada mais ponto final.

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